quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

ALGUMAS HISTÓRIADO SOLDADO CATOTA

 

ALGUMAS HISTÓRIADO SOLDADO CATOTA

Suas histórias se tornaram motivos de reportagens jornalísticas e tema de livros, como o encontro de uma década” do escritor Damião Sabino, entre outros. Entre tantas situações, vale a pena lembrar algumas:

Em Mossoró de antigamente, o estádio de futebol ficava na Rua João Marcelino, onde hoje é o SESC. Era comum entre a meninada assistir os jogos em cima do muro, tendo um visual privilegiado e o mais importante, deixando de pagar os ingressos. A evasão de renda preocupava os dirigentes esportivos que foram pedir providências a polícia.

O sargento Ademar, decidido a coibir a arbitrariedade, chamou o Soldado Catota e orientou que não queria mais  ninguém assistindo jogo em cima do muro. Determinado a cumprir a lei, o Soldado Catota foi ao campo, ao chegar viu o muro apinhado de gente m cima, Intato a tomar uma atitude, Catota não se fez rogado , chegou junto dos torcedores e gritou: “OU PRA DENTRO, OU PRA FORA! O que não pode é ficar em cima do muro. A galera, que estava no maior liseu, não contou conversa, pulou para dentro.

Era o tempo da política, os partidos da época eram a ARENA  e o MDB, os policiais-militares como manda a ética não deveriam -nem deve – envolver publicamente em questões partidárias. Catota, presepeiro todo, andava com dois lenços nos bolsos, um vermelho, representado a ARENA, e outro verde, cor tradicional do MDB.

E assim, o anti-herói se divertia. Quando encontrava uma turma da ARENA, fazia a festa e mostrava o lenço vermelho. Com a militância do MDB puxava do bolso o lenço verde. Certo dia, Catota, ao passar pelos emedebistas, puxou o lenço verde, só que entre o grupo estava infiltrado um sujeito ligado a ARENA. O cidadão sabendo que o delegado  do Alto São Manoel era arenista fervoroso, mesmo sem admitir publicamente, entregou Catota, contando o ocorrido.

O delegado  não titubeou e repreendeu  Catota, dizendo: “”Se você fizer isso de novo eu lhe rebaixo”. O policial em cima da bucha respondeu: ’SÓ SE CORTAR AS MINHS PERNAS, POIS ABAIXO DE SOLDADO RASO NÃO EXISTE PATENTE”.

Catota certa vez recebera uma ordem para deter um indivíduo, sendo incumbido de efetuar o detrimento desse indivíduo . Ao se defrontar coma pessoa indicada, uma rapaz de boa estrutura física, deu-lhe voz de prisão, recebendo a resposta uma “bananada”, com a expressão: “Tome, que eu não vou preso por você”. Nisto, o  Soldado Catota, simplesmente”, dizendo: “Tome também, que não lhe levo”.

José Estácio Damião, servindo em várias cidades do interior do Estado do Rio Grande do Norte e por último exalando suspiros finais em Mossoró, onde tinha como companheira Maria da Conceição. Catota jamais sentiu a emoção de ser alvo de qualquer honraria na tropa, de uma simples promoção, não tendo passado nunca de soldado raso. Dele se salvará, porém, a contagiante alegria em seus gestos, nas suas atitudes.

Relembro-o como símbolo ordeiro e da paz, a quem Mossoró, através da ex-prefeita Rosalba Ciarline lhe prestou um tributo, dando seu nome em uma das ruas de Mossoró, conforme mostra Lei Municipal na postagem abaixo

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